novembro 22, 2010

Compromisso

Dentro de nós vivem multidões e consensos. A diversidade é tanta, desde os biliões de células neuronais até aos sistemas mentais que constróem a ilusão do eu, que apenas um certo grau de abstracção ou indiferença permite a narrativa que somos seres indivisos. Mas não nos devemos esquecer que o corpo age, muitas vezes, contra o eu que encerra. A repulsão, o pânico, o contágio das multidões (o bocejo), podem ser impossíveis de controlar mesmo por uma mente experiente, inteligente, habituada a bem usar a razão e as emoções em situações mais normais. A mente que me define controla este animal que socialmente me identifica. Mas é uma situação que exige um esforço constante. Por isso os automatismos, talvez até o sono. Por isso, também, a dissolução no descontrolo.

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