maio 26, 2011

Derek Parfit


Hoje é lançado o novo livro de Derek Parfit, On What Matters [2 volumes, amazon.uk], um importante filósofo ético, autor do já clássico, Reasons and Person (1984). Este novo livro, referido por Peter Singer como uma das obras mais importantes em ética dos últimos 150 anos (desde Sidgwick em 1873), discute e explora uma síntese das principais escolas morais.

maio 25, 2011

Pluralismo

Seja um agente X, numa situação W, com comportamento Y e cujas consequências são Z. A ética da virtude foca-se em X, a deontologia em Y e o utilitarismo em WZ. Porque não focar no XYWZ?

maio 20, 2011

maio 17, 2011

Linguagem

"What is meant by the word red?"
"It's a color."
"What's a color?"
"Why, it's a quality things have."
"What's a quality?"
"Say, what are you trying to do, anyway?"

You have pushed him into the clouds. If, on the other hand, we habitually go down the abstraction ladder to lower levels of abstraction when we are asked the meaning of a word, we are less likely to get lost in verbal mazes; we will tend to "have our feet on the ground" and know what we are talking about. This habit displays itself in an answer such as this:

"What is meant by the word red?"
"Well, the next time you see some cars stopped at an intersection, look at the traffic light facing them. Also, you might go to the fire department and see how their trucks are painted."

-- S. I. Hayakawa, Language in Thought and Action [via Less Wrong]

maio 09, 2011

Dinâmica

Quando alguém com poder percebe o início do falhanço das medidas nas quais está fundada a sua carreira, pode admitir essa constatação ou forçar a situação através das artes de propaganda que ainda mantém. E porquê desistir ao primeiro sinal persistente de contrariedade? Quem garante, quem pode fornecer uma certeza de não ser apenas uma contrariedade um pouco mais teimosa que o habitual dos problemas? Afinal, como adivinhar o futuro? Mas ao escolher o segundo modo torna-se, quer perceba ou não, adversário da realidade. É necessário então, para tornar tudo um pouco mais suportável, reforçar a ilusão, a si e à sua corte, que a distância que os separam (do resto, dos outros) não está a aumentar. Não é de admirar o seu afastamento, a lenta transformação de pessoa em símbolo, a característica progressivamente acrítica dos seus próximos, a ideologia a menorizar a importância dos problemas concretos, o crescer barroco dos protocolos que o protege e sustenta. Mas a realidade não se coaduna com fabricações ou sentimentos mágicos e uma das suas qualidades, mesmo que exasperante para alguns, é a persistência. À medida que o tempo avança, os factos e o desastre que prenunciam acumulam-se. Pouco a pouco, tornam-se complexos, enredados e, num qualquer dia futuro, sem surpresa, irresolúveis. O que pode ter começado como a tensão natural entre interpretações possíveis quando a evidência era curta, ambígua, transforma-se em camuflagem e silenciamento perante a súbita clareza da situação. O monopólio da maquilhagem e da contenção toma precedência à gestão da coisa pública. Depois é esperar que a realidade force essa muralha e, por fim, consiga entrar. Com sede de miséria. Ou de sangue.

maio 05, 2011

Traduções

A linguagem não me é suficiente para mapear, nas minhas, o total das tuas metáforas. Será sempre insuficiente a interpretação dessa palavra, deste gesto, daquele silêncio. Mas não leves assim tanto a mal: são os mesmos problemas de mapear, em mim próprio, as metáforas que me carregam.