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As nossas acções, se suficientemente iteradas, são automatizadas pelo cérebro obtendo, assim, uma certa independência. A experiência é uma interiorização, um libertar de recursos, uma opção ganha para desviar a atenção para o que é novo, potencialmente perigoso ou desejável. A juntar ao que o cérebro controla desde o nascimento (o bater do coração, por exemplo) programamos, ao longo da vida, as mais diversas rotinas (como comer, tomar banho, guiar, fazer sexo). Cada automatismo é uma cedência do eu ao seu corpo, um perder dessa trajectória difusa que é a personalidade em detrimento da comunidade multi-celular que a sustenta. Pode-se ver nisso uma ameaça. Pode olhar-se como uma homenagem. Do eu mental que os outros próximos partilham ao robot físico que a sociedade precisa, usa e reconhece.
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