outubro 22, 2009

Ferramenta

Se fosse possível repetir com total exactidão, i.e., o mesmo mundo mental e externo, uma qualquer situação do passado em que tomamos uma decisão, que hipótese haveria na segunda vez em tomar uma decisão diferente? A resposta a esta experiência mental só pode ser uma: não haveria qualquer hipótese de tomar uma outra decisão. A resposta contrária teria de se justificar indicando que diferença seria essa, se todo o mundo fosse igual, e essa diferença teria de reintroduzir algum tipo de dualismo (um espírito, uma alma, algo imaterial, não físico) ou um evento totalmente aleatório (e.g., algo quântico). Nem um nem outro são respostas satisfatórias do ponto de vista do livre-arbítrio pessoal (sendo que o dualismo é um preço demasiado alto). Como o conceito de deus foi importante para a dinâmica das sociedade antigas, o livre-arbítrio é-o nesta sociedade baseada na justiça e na responsabilidade. Mas um conceito não precisa de existência concreta para se mostrar relevante.

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