julho 16, 2004

Ecos

Habituámo-nos ao convívio das máquinas até ao ponto de estruturarem a sociedade. Esta impressão de normalidade chega mesmo ao afecto (pelo carro, computador, telemóvel). Procuramos agora recheá-las de raciocínio e emoção mecânica. Mas o mundo da máquina é o do inorgânico: o padrão da repetição, da geometria do constante, da obstinação gelada do imutável. De facto, toda a evolução do mundo orgânico procurou afastar-se deste deserto. Vivemos rodeados por ecos de fracassos: vírus, bactérias, insectos.

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