Raciocínios
A indução é um método de raciocínio onde se infere uma generalização a partir de um conjunto de casos particulares. Um exemplo: "Todos os corvos que alguma vez vi eram pretos logo, por indução, todos os corvos (que existem) são pretos". Este mecanismo de generalização é extremamente poderoso, e como tal, pode ser usado com consequências surpreendentes (o melhor exemplo é a própria Ciência com essa a capacidade de generalização que impulsiona o progresso) mas também com efeitos dramáticos (como as induções falaciosas que suportam racismos e xenofobias). Queria referir aqui dois problemas da indução, mesmo quando esta é "bem usada":
* Os corvos de Hempel: Suponhamos que queremos investigar a hipótese “Todos os corvos são pretos”. A respectiva investigação consiste em examinar o maior número possível de corvos. Cada corvo preto encontrado, fará a hipótese mais provável. Ora, logicamente "A implica B" é igual a "não B implica não A". Assim, a hipótese de trabalho é logicamente equivalente a: “Todos os objectos não pretos, não são corvos”. Assim, para cada objecto não preto encontrado, seja uma vaca branca, estamos a confirmar a hipótese!! Isto é um problema de intuição mal-orientada. Não há nada que negue que um objecto não corvo prejudique a hipótese posta, mas também não é decisivo que a confirme ou não. Uma vaca branca também poderia confirmar a hipótese "todos os corvos são amarelos" claramente falsa ao 1º corvo encontrado.
* O Homem de 3 metros: Depois de observar um bilião de pessoas, o estudioso estipula por indução a seguinte lei: "Todos os Homens têm menos de 3 metros". O que ocorreria se encontrássemos uma pessoa de 2.99 metros? Esta observação confirma a lei induzida (de facto, tem menos de 3 metros) mas por outro lado fragiliza a conclusão (se este tem menos de 3 metros por um centimetro, não será lícito haver alguém ligeiramente mais alto?)
Os problemas da indução já fizeram correr rios de tinta, principalmente por filósofos (como a galinha de Russel, que diariamente, de madrugada, observava um homem a trazer-lhe comida concluindo por isso que em todos os dias no futuro assim seria. Até que um dia o mesmo homem apareceu para lhe cortar o pescoço... Que garantias temos que o processo que estudamos terá um comportamento no futuro igual ao que teve no passado?)
* Os corvos de Hempel: Suponhamos que queremos investigar a hipótese “Todos os corvos são pretos”. A respectiva investigação consiste em examinar o maior número possível de corvos. Cada corvo preto encontrado, fará a hipótese mais provável. Ora, logicamente "A implica B" é igual a "não B implica não A". Assim, a hipótese de trabalho é logicamente equivalente a: “Todos os objectos não pretos, não são corvos”. Assim, para cada objecto não preto encontrado, seja uma vaca branca, estamos a confirmar a hipótese!! Isto é um problema de intuição mal-orientada. Não há nada que negue que um objecto não corvo prejudique a hipótese posta, mas também não é decisivo que a confirme ou não. Uma vaca branca também poderia confirmar a hipótese "todos os corvos são amarelos" claramente falsa ao 1º corvo encontrado.
* O Homem de 3 metros: Depois de observar um bilião de pessoas, o estudioso estipula por indução a seguinte lei: "Todos os Homens têm menos de 3 metros". O que ocorreria se encontrássemos uma pessoa de 2.99 metros? Esta observação confirma a lei induzida (de facto, tem menos de 3 metros) mas por outro lado fragiliza a conclusão (se este tem menos de 3 metros por um centimetro, não será lícito haver alguém ligeiramente mais alto?)
Os problemas da indução já fizeram correr rios de tinta, principalmente por filósofos (como a galinha de Russel, que diariamente, de madrugada, observava um homem a trazer-lhe comida concluindo por isso que em todos os dias no futuro assim seria. Até que um dia o mesmo homem apareceu para lhe cortar o pescoço... Que garantias temos que o processo que estudamos terá um comportamento no futuro igual ao que teve no passado?)
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