setembro 30, 2003
setembro 29, 2003
Efeito Borboleta
Por João Neto às 11:08 0 comentário(s)
setembro 26, 2003
"O Inferno são os outros" - mexilhão anónimo
Por João Neto às 13:20 0 comentário(s)
setembro 25, 2003
Weblogs II
Entre os blogs, onde deve residir a Ética? Segundo A Blogger Code of UnProfessional Ethics
My readers:...know me. They will judge me according to context.In return:
...are smart. They will not be misled by some stray comment I may happen to make.
...are kind. They make allowances and forgive me ahead of time.I will speak my mind about what I care about.
I will not revise too much or too carefully: Blogging about opera is still jazz.
I will not anticipate and reply to every objection: Punctilliousness in pursuit of the appearance of propriety kills voice. If I apologize, it will be because I have actually betrayed my readers' trust, not because I may have, might have, or could be misread as having done so.
I pledge to keep the reading of my weblog purely optional.
Há, pelo menos, uma diferença em relação aos jornais e aos livros que gostava de salientar. Um blog pode ser alterado em tempo real (um livro também, entre edições, mas as primeiras por cá ficam). Será que é lícito remover uma mensagem passada, ou alterar a sua mensagem de fundo? Será admissível a rescrita de um blog? Serão micro-revisionismos, que modifiquem o sentido da mensagem, aceitáveis? Estarão estes mecanismos fora do âmbito de uma auto-censura? A minha resposta (que vale o que vale) a estas perguntas é não.
ps: falei de auto-censura. Quanto mais bom senso houver, menos se falará desse perigoso instrumento castrador que é a censura (e que detesto).
pps: curiosamente, durante a escrita deste pequeno texto encontrei uma notícia específica sobre a questão de alterar conteúdos de blogs.
Por João Neto às 13:20 0 comentário(s)
setembro 24, 2003
Desparalelismos
"Hoje é a violência da TV. Antes era a das estórias de fadas!"
"Mas essas, explicavam-nas os pais, os avós. A TV não explica nada."
Por João Neto às 11:44 0 comentário(s)
setembro 22, 2003
Weblogs I
Um blog é um filtro da internet, é um dado ponto de vista do seu criador (não digo “o” ponto de vista, porque o ciberespaço estimula o esquizofrénico que há em nós :-). Pioneiros na arte do micro-conteúdo, os autores dos blogs procuram sumários (como este), resumos de ideias, factos, linhas de raciocínio que possam ser digeridos em poucos minutos através da maleabilidade do hipertexto. Talvez um reflexo da constante aceleração do progresso, do brilho atraente do instante a reflectir o perene, e das formas inteligentes de envernizar o profundo com o superficial. Infelizmente, isto não engloba todos os blogs (provavelmente nem a maioria) mais preocupados com outros tipos de exercícios como o egocentrismo ou a desinformação.
Uma citação de Greg Ruggerio (ver Immediast Underground): "Media is a corporate possession...You cannot participate in the media. Bringing that into the foreground is the first step. The second step is to define the difference between public and audience. An audience is passive; a public is participatory. We need a definition of media that is public in its orientation." [cont.]
Por João Neto às 12:04 0 comentário(s)
setembro 19, 2003
Raciocínios
* Os corvos de Hempel: Suponhamos que queremos investigar a hipótese “Todos os corvos são pretos”. A respectiva investigação consiste em examinar o maior número possível de corvos. Cada corvo preto encontrado, fará a hipótese mais provável. Ora, logicamente "A implica B" é igual a "não B implica não A". Assim, a hipótese de trabalho é logicamente equivalente a: “Todos os objectos não pretos, não são corvos”. Assim, para cada objecto não preto encontrado, seja uma vaca branca, estamos a confirmar a hipótese!! Isto é um problema de intuição mal-orientada. Não há nada que negue que um objecto não corvo prejudique a hipótese posta, mas também não é decisivo que a confirme ou não. Uma vaca branca também poderia confirmar a hipótese "todos os corvos são amarelos" claramente falsa ao 1º corvo encontrado.
* O Homem de 3 metros: Depois de observar um bilião de pessoas, o estudioso estipula por indução a seguinte lei: "Todos os Homens têm menos de 3 metros". O que ocorreria se encontrássemos uma pessoa de 2.99 metros? Esta observação confirma a lei induzida (de facto, tem menos de 3 metros) mas por outro lado fragiliza a conclusão (se este tem menos de 3 metros por um centimetro, não será lícito haver alguém ligeiramente mais alto?)
Os problemas da indução já fizeram correr rios de tinta, principalmente por filósofos (como a galinha de Russel, que diariamente, de madrugada, observava um homem a trazer-lhe comida concluindo por isso que em todos os dias no futuro assim seria. Até que um dia o mesmo homem apareceu para lhe cortar o pescoço... Que garantias temos que o processo que estudamos terá um comportamento no futuro igual ao que teve no passado?)
Por João Neto às 10:26 0 comentário(s)
setembro 17, 2003
Diversidades
Por João Neto às 10:39 0 comentário(s)
setembro 16, 2003
Perspectivas II
Por João Neto às 11:17
Perspectivas
É nele que se revê esta imagem.
Por João Neto às 03:15
setembro 15, 2003
E quem fez os nossos quase invisíveis?
Por João Neto às 09:42 0 comentário(s)
setembro 12, 2003
setembro 11, 2003
911s
Para nos assustarmos não bastam os fantasmas, são precisos becos-sem-saída.
Por João Neto às 10:39 0 comentário(s)
setembro 09, 2003
Extremos Não Moderados
Por João Neto às 15:15 0 comentário(s)
setembro 05, 2003
Um plano diabólico...
Fase 1: Unir progressivamente todas as telenovelas que produz (e produziu) num único enredo. Isto pode fazer-se cruzando as personagens de umas telenovelas noutras, até que o espectador - personagem crédulo - não consiga distinguir quem pertence a quem. Resultado: tem de ver todas as novelas (e anúncios) para seguir a vida das personagens que prefere.
Fase 2: Usar as personagens em outros produtos, como o Big Brother. Por exemplo, fazer um Big Brother Vip com as personagens de maior share que se detestam. E claro, utilizar essas imagens na própria telenovela. Assim, todos podíamos ver o que ocorria tanto fora como dentro do enredo. Seria o primeiro passo para misturar a "realidade" com a ficção telenovelistica.
Fase 3: Começar a publicitar nos telejornais as notícias das suas telenovelas e produtos relacionados... Esperem! Eles já fazem esta.
Fase 4: Algumas das personagens (da telenovela) arranjam empregos na TVI e começam a trabalhar como pivots e repórteres. Reparem na vantagem: dois empregos (e tempo de antena) pelo preço de um salário. A partir desta altura, o espectador médio da televisão já não sabe se o actor está a representar ou não (possivelmente, nem o actor).
Fase 5: Dar ao personagem com o maior share, a presidência executiva da TVI, e colocar os actores, quero dizer, as personagens a fazer outras telenovelas. O espectador, a partir deste momento, pode ver telenovelas, telenovelas de telenovelas, e quando estiver preparado (nada como arranjar um realityshow para o efeito), telenovelas de telenovelas de telenovelas. Para além disso, ainda vê filmagens das telenovelas dentro de outras telenovelas. É lindo!
Fase 6: Com o poder financeiro obtido a partir dos anúncios que um share de milhões de espectadores ligados à TV 24 horas por dia (o Estado depois paga as contas dos hospitais e dos psicólogos) e da poupança que a redução de pessoal implica, a TVI (a sigla neste momento já significa "Telenovela Independente") pode começar a comprar bancos, clubes de futebol, talvez mesmo um exército que sejam capaz de criar as próprias notícias para a TVI e os seus pivots (talvez de alguma das telenovelas, já me perdi) poderem ter trabalho, e filmarem notícias decentes, não aquelas que o mundo nos impinge.
A partir daqui resta-nos sentar no sofá e ficar à espera que o Universo expluda...
Por João Neto às 09:55 0 comentário(s)