setembro 01, 2007

Perda

Podemos dizer que hoje tudo o que sabemos está errado? Estariam as civilizações antigas, do Crescente Fértil, da China, da Grécia, totalmente equivocadas? Será lícito pensar que dirão o mesmo de nós daqui a vinte séculos? Não creio. Por exemplo, a Matemática Egípcia e Babilónica não se invalidou com os anos. As perguntas da Filosofia Grega mantêm a sua pertinência. A Engenharia elabora ainda sobre as formas básicas das construções da Antiguidade. Diria antes que a utilidade de muitas respostas antigas caducou. Porque as pessoas, como as culturas, são trajectórias, o mundo social onde vivemos muda, altera-se. E com a mudança, muita da tradição e do conhecimento torna-se arcaico, incapaz de responder às exigências dos novos tempos. No ano 4000, muitas das ferramentas que usamos não perderão o tanto de verdade que ainda reservam, apenas deixarão de ser relevantes. Não olhamos com deslumbramento para uma estátua a pensar no pó que, um dia, o Futuro lhe reserva.

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