Submissão temporária
Quando entramos no âmago de um qualquer assunto, é comum termos de procurar o tipo de regras que o definem. Existem-nas descritivas, i.e., que explicam como as coisas são, há-as normativas, que procuram estabelecer como as coisas devem ser. Nesse momento de decisão, demasiadas vezes, entra o humano que nos carrega, um orgulho nunca subtil de impor vontades externas ao interno das coisas, como um sinal informando a nossa irreversível chegada. É díficil pretender explicar apenas. Como justificar esse esforço, como observar os recursos gastos na demanda de respostas se estas não nos derem novos meios, não para obter mais perguntas (apesar desta desculpa satisfazer essa contabilidade moral que é a consciência) mas para afirmar um domínio sobre as restantes causas do mundo? Só que há momentos que não se legislam, acções que não se formatam em normas, órbitas que não se decretam. O Dr. Spleen compreende que de tempos em tempos o melhor a fazer é não fazer nada excepto baixar a cabeça para deixar passar o antigo e indomável Oceano que é tudo o resto.
1 comentário:
O doutor Spleen está certo.
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