outubro 27, 2005
outubro 25, 2005
The Birds
Por João Neto às 11:54 0 comentário(s)
outubro 24, 2005
A sobrevivência da política (parte IV)
A política moderna, assim, está a gerar um dilema formidável. A moralização da condição humana só é possível se conseguirmos associar ao mundo um conceito de justiça social. Mas, ao que parece, só podemos ultrapassar as injustiças do passado através de uma forma social – o despotismo – que a civilização ocidental considera incompatível com a sua liberdade e os seus costumes. A promessa é Justiça, o preço a liberdade.
Por João Neto às 13:31 0 comentário(s)
outubro 20, 2005
Se os espelhos fossem janelas, para que lado abririam?
A urgência da resposta nem sempre é útil à ânsia da pergunta.
Por João Neto às 08:46 0 comentário(s)
outubro 18, 2005
Divisória
Por João Neto às 09:14 0 comentário(s)
outubro 17, 2005
A sobrevivência da política (parte III)
Neste argumento, a moral é identificada como generosidade altruísta e a política como um ‘negócio sujo’ de interesses. Mas um projecto destes precisa justificar porque todas as gerações passadas falharam neste salto qualitativo na melhoria da condição humana. E é aqui que o argumento utiliza uma explicação ideológica. A Justiça é bloqueada (segundo eles) pelos interesses das elites dominantes que sempre controlaram o estado. Nas versões antigas, a separação era entre ricos e pobres, burguesia e proletariado, imperialistas e colonizados. Nas versões mais modernas, o foco é nas relações de opressão: brancos e negros, homens e mulheres… E isto, de facto, corresponde a uma das características da politica desde Sólon.
A característica é que a política tem sido o negócio dos poderosos: cidadãos, nobres, proprietários, patriarcas – os que detinham poder e status. Era essencial para a ideia de estado que este fosse gerido por uma associação de pessoas independentes com os seus próprios recursos. Os direitos destas elites foi sendo generalizado, ao longo dos Séculos, até definir os direitos universais que possuímos hoje. Era precisamente pelo estado ser gerido por independentes (i.e., ricos) que este não cairia numa ditadura. Com a capacidade de executar projectos próprios, é mais difícil alguém se subjugar a projectos de terceiros. É neste sentido que o conceito de política e despotismo são diametralmente opostos, no estado existem direitos individuais que permitem dispor e gerir a sua própria propriedade.
Por João Neto às 13:28 0 comentário(s)
outubro 13, 2005
Ou exclusivo
Por João Neto às 09:45 0 comentário(s)
outubro 11, 2005
Distância
Por João Neto às 16:55 0 comentário(s)
outubro 10, 2005
A sobrevivência da política (parte II)
Uma das suas versões é designada de moralismo político e uma forma de a apresentar é através do projecto de substituição do estado soberano pela ordem internacional emergente, ou internacionalismo. O primeiro problema onde o internacionalismo é uma resposta, é na guerra. Considerou-se, no passado, que as dinastias eram (um)a causa das guerras e as republicas a solução. Nesta nova versão, a guerra resulta de más instituições, as nações soberanas a causa das guerras e a crescente ordem internacional a solução. A teoria que as más instituições causam males sociais assume os humanos como criaturas plásticas que reflectem as instituições que as agregam. Isto deixa pouco espaço para a ‘natureza humana’ e tem como implicação que com melhores instituições (logo melhores pessoas) podemos resolver a questão da guerra e mesmo da justiça. Como consequência desta linha de raciocínio, os internacionalistas procuram a distribuição justa, por todas as pessoas do mundo, dos recursos e benefícios morais (os direitos humanos) disponíveis. Mas outra implicação é a substituição da política pela moral ao procurar abolir dois pilares centrais da política: o interesse individual e o estado-nação (visto aqui como uma organização de egoísmo colectivo designada, por vezes, de nacionalismo).
Por João Neto às 09:49 0 comentário(s)
outubro 06, 2005
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Não deve existir actividade mais funesta do que procurar respostas onde não há perguntas.
Por João Neto às 09:32 0 comentário(s)
outubro 04, 2005
Conveniência
Por João Neto às 10:02 0 comentário(s)
outubro 03, 2005
A sobrevivência da política (parte I)
Machiavelli relata uma história de um Romano rico que por ter dado comida aos pobres numa época de fome, foi executado pelos seus pares. O argumento foi que ele estaria a preparar terreno para se tornar um tirano. Aqui se realça a tensão entre a moral e a política, mostrando que os Romanos davam mais importância à liberdade que ao bem-estar. A forma como julgamos as acções depende da nossa ideia de política. Parece certo que estes Romanos não se conseguiriam adaptar à visão política moderna onde esta é apenas ou uma indústria de serviços para se poder viver o melhor possível, ou um conjunto de medidas na direcção de uma sociedade inteiramente justa.
Os políticos modernos e os funcionários civis aumentam o seu poder dando comida aos pobres e necessitados, mas nós não os executamos por isso. Isto significa que não nos importamos com a liberdade? Não, mas o contraste com os Romanos levanta algumas questões pertinentes. Vamos focar a relação entre a moralidade e a política, i.e., a filantropia, a caridade e o altruísmo são moralmente admiráveis, mas qual a sua relevância política? [cont.]
Por João Neto às 08:57 0 comentário(s)