setembro 30, 2004
setembro 28, 2004
Conflito
Por João Neto às 10:51 0 comentário(s)
setembro 27, 2004
Cultura e Geografia (parte II)
A resposta do século XIX teve bases biológicas, i.e., raciais. Foi atribuída a disparidade às diferenças como as diferentes raças evoluíram. Brancos e amarelos (ou só os brancos, para os mais entusiasmados) eram mais evoluídos que pretos e vermelhos. A teoria seguinte (entrando já no século XX) estipulou que o comportamento é totalmente determinado pela cultura, sendo esta independente da biologia. Infelizmente, esta reformulação (para além de também estar errada) não responde à pergunta inicial: Porque há culturas com mais sucesso material que outras? De facto, não era a pergunta respondida como nem era sequer mencionada, dado que poderia levantar a suspeita que a mera questão insinuava que a superioridade tecnológica relacionava-se com o julgamento moral que uma cultura mais evoluída era "melhor" que uma menos evoluída. No entanto, é inegável que há culturas que obtém melhores condições de vida para os seus membros. E dizer que essa diferenciação é um produto do acaso é simplesmente uma outra forma de esconder o problema no tapete do politicamente correcto.
Mais recentemente, estudiosos como o economista Thomas Sowell e o psicólogo Jared Diamond, apresentaram uma outra proposta. Eles argumentam que a História não é só um palimpsesto de factos mais ou menos inesperados em sequência temporal. O destino das civilizações não depende da raça ou da sorte mas sim da capacidade humana de adoptar inovações externas combinada com as vicissitudes da geografia e da ecologia. [cont.]
Por João Neto às 09:07 0 comentário(s)
setembro 24, 2004
Convergência II
Por João Neto às 13:24 0 comentário(s)
setembro 23, 2004
Convergência
Por João Neto às 09:31 0 comentário(s)
setembro 21, 2004
Cultura e Geografia (parte I)
(baseado no 4º capítulo do livro "The Black Slate" de Steven Pinker)
Esta ideia é útil para entender porque diferentes culturas parecem tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão iguais. Quando um grupo se separa da sua comunidade e os laços são cortados (por um acidente geográfico, por hostilidades prolongadas), não existe forma de difundir inovações entre os lados. À medida que cada grupo elabora o seu conjunto de descobertas e convenções, há uma progressiva divergência que produz duas culturas diferentes. Esta ramificação é facilmente visível na evolução das linguagens. Também Darwin tinha utilizado este exemplo como comparação à evolução natural. Normalmente, quanto mais próxima no tempo for a separação, mais próximas são as culturas.
As raízes psicológicas da cultura podem explicar porque alguns hábitos mudam mais facilmente que outros. Algumas práticas colectivas possuem uma inércia enorme porque impõem um custo pessoal muito elevado ao primeiro indivíduo que tentar mudá-las (as religiões estão repletas de exemplos). Outras mudanças só são possíveis por um acordo tácito da própria comunidade (como passar a conduzir à direita em Inglaterra).
Mas as culturas mudam, por vezes, de forma drástica. No Ocidente actual, a preservação da cultura tradicional é considerada uma grande virtude. Porém, muitas culturas não têm a mesma opinião. Quando há uma percepção generalizada que um outro comportamento social é melhor que o tradicional, as culturas absorvem, plagiam, copiam elementos do exterior com uma velocidade surpreendente (a febre dos telemóveis em Portugal...). As culturas não são monólitos parados no tempo, são porosas, possuem uma dinâmica permanente. O mesmo se passa com a linguagem: apesar da eterna lamentação dos puristas e das ameaças das respectivas academias, nenhuma linguagem actual se manteve igual por cem anos. Também as cozinhas tradicionais possuem raízes muito superficiais: as batatas na Europa, os tomates na Itália ou as malaguetas na Índia vêm de plantas do Novo Mundo. [cont.]
Por João Neto às 14:43 0 comentário(s)
setembro 20, 2004
Fronteiras V
Será o livre arbítrio a contingência do que (ainda) não sabemos?
Por João Neto às 09:24 0 comentário(s)
setembro 17, 2004
Glossolalia
A Torre de Babel - Peter Breugel
Por João Neto às 09:43 0 comentário(s)
setembro 15, 2004
Contacto
Por João Neto às 08:33 0 comentário(s)
setembro 13, 2004
setembro 09, 2004
Back from the Future (IV)
Por João Neto às 09:26 0 comentário(s)
setembro 08, 2004
Aos Georges Bushes (XI)
Alimentar o medo tem efeitos inesperados. O medo é menos dócil que um leão enfurecido.
Por João Neto às 13:35 0 comentário(s)
setembro 06, 2004
Comparações
Por João Neto às 18:13 0 comentário(s)
setembro 03, 2004
Erros nossos
Por João Neto às 09:32 0 comentário(s)
setembro 01, 2004
Necessidades
Por João Neto às 08:58 0 comentário(s)