Proto-hipóteses
O Homem, desde o inicio, sempre procurou conforto espiritual e físico perante uma Natureza violenta e indiferente. A consciência humana, dom e maldição da espécie, tornou-nos insatisfeitos e impulsionou a caminhada civilizacional que ainda hoje perdura.
Porém, encontraram-se respostas fundamentalmente diferentes à questão de como confortar a mente e o corpo. Enquanto a primeira necessitava de uma arbitrariedade reconfortante (personificada mais cedo ou mais tarde em deuses diversos), a segunda procurou leis (invariantes perceptíveis e interpretáveis) de modo a controlar, ou no mínimo saber o que esperar do futuro. No primeiro caso, a solução mais primitiva tomou a forma de superstições, actos rituais, iniciáticos que favoreciam o praticante por quaisquer motivos misteriosos (que só o xamã entendia). No segundo caso, procurou-se a interpretação do futuro através de sistemas repetíveis, incluídas no que hoje em dia se designa por ciências ocultas e artes divinatórias.
Ambas as respostas cresceram e criaram estruturas coerentes, intelectualmente mais elaboradas, lapidadas com a passagem e experiência dos Séculos. As primeiras desenvolveram-se em religiões inicialmente politeístas até à expressão máxima do monoteísmo (e da ausência no Budismo). Já as segundas, com a fantástica perspectiva que certos fenómenos Naturais (a Natureza seria indiferente, mas não caótica) seguiam regras inteligíveis, abriram o caminho para a ciência (da astrologia para a astronomia, da alquimia para a química...). Se a necessidade de conforto espiritual iniciou-se numa proto-religião alimentada por superstições arbitrárias, a procura do conforto físico alicerçou-se na facilidade prometida de uma proto-ciência.
Isto indica que possivelmente a superstição e actividades como a leitura das cartas, a quiromancia ou a astrologia tiveram um papel fundamental no desenvolvimento da civilização. Há três, quatro milénios atrás. A tragédia é a sua importância actual.
Porém, encontraram-se respostas fundamentalmente diferentes à questão de como confortar a mente e o corpo. Enquanto a primeira necessitava de uma arbitrariedade reconfortante (personificada mais cedo ou mais tarde em deuses diversos), a segunda procurou leis (invariantes perceptíveis e interpretáveis) de modo a controlar, ou no mínimo saber o que esperar do futuro. No primeiro caso, a solução mais primitiva tomou a forma de superstições, actos rituais, iniciáticos que favoreciam o praticante por quaisquer motivos misteriosos (que só o xamã entendia). No segundo caso, procurou-se a interpretação do futuro através de sistemas repetíveis, incluídas no que hoje em dia se designa por ciências ocultas e artes divinatórias.
Ambas as respostas cresceram e criaram estruturas coerentes, intelectualmente mais elaboradas, lapidadas com a passagem e experiência dos Séculos. As primeiras desenvolveram-se em religiões inicialmente politeístas até à expressão máxima do monoteísmo (e da ausência no Budismo). Já as segundas, com a fantástica perspectiva que certos fenómenos Naturais (a Natureza seria indiferente, mas não caótica) seguiam regras inteligíveis, abriram o caminho para a ciência (da astrologia para a astronomia, da alquimia para a química...). Se a necessidade de conforto espiritual iniciou-se numa proto-religião alimentada por superstições arbitrárias, a procura do conforto físico alicerçou-se na facilidade prometida de uma proto-ciência.
Isto indica que possivelmente a superstição e actividades como a leitura das cartas, a quiromancia ou a astrologia tiveram um papel fundamental no desenvolvimento da civilização. Há três, quatro milénios atrás. A tragédia é a sua importância actual.
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