abril 07, 2008

Passo a passo

"Aqueles que te convencem de absurdidades são os que te podem levar a cometer atrocidades" - Voltaire

2 comentários:

Anónimo disse...

e:
“Que as atrocidades, os horrores, os crimes mais odiosos te não causem espanto [...], o que for mais sujo, mais
infame, mais proibido é [...] sempre o que nos faz gozar mais deliciosamente”. Donatien

Anónimo disse...

Estás além

Além de mim, do pó que levita entre nós

Estás numa procura louca de tropeçar noutras partículas que teimas em ver transcendentes

Mas mais não são que pedaços de carne pertencentes a um rebanho de solidão



Pensas conseguir morrer em palavra?

Morrerás em ideias e deixarás mofo nas verdades que defendes.

Essas verdades autenticas que já antes foram pensadas

Essas verdades pessoais que constróis com as palavras … do teu rebanho.

Este meu corpo, puro animal sobrevivente, que teimo em molestar.

Sente esse pó que nele pousa, como pedras de uma chuva furiosa.

És, no teu limite, uma criança a quem eu, com os meus totós, pego na mão e digo “vem, vê o que eu descobri"

E tu dizes “ que lindo” e de seguida vais embora para me procurar…

No teu limite nada mais és que aquela criança que olhava o sábio sentado a divagar e dizia “oh, não o entendo”

Hoje não somos nada

Nem reflexos de um passado

Ah, quem me dera… quem me dera que o meu futuro fosse aquele passado onde as verdades autenticas borbulhavam no caldeirão do pensamento.

Nada nem ninguém me surpreende

E a minha procura está estagnada na constante necessidade de refutar as minhas verdades, os meus ideais, o meu eu, onde estás tu e o pó que existe entre nós.

Só espero que quando me diluir com o “só sei que nada sei” morra em seguida, e que afinal não exista mais nada, e que tudo o que vivi desapareça sem deixar rasto

Bem haja