abril 29, 2011

abril 25, 2011

A linguagem da felicidade

"He was terribly afraid that happiness might be a habit, or a quality knitted into the temperament; or it might be something you learn when you're a child, a kind of language, harder than Latin or Greek, that you should have a good grasp on by the time you're seven. What if you haven't got that grasp?What if you're in some way happiness-stupid, happiness-blind? It occurred to him that there are some people,ashamed of being illiterate, who always pretend to others that they can read. Sooner or later they get found out, of course. But it is always possible that while you are valiantly pretending, the principles of reading strike you for the first time, and you are saved. By analogy, it is possible that while you, the unhappy person, are trying out some basic expressions - the kind of thing you get in phrase books for travelers - the grammar and syntax of this neglected language are revealing themselves, somewhere at the back of your mind. That's all very well, he thought, but the process could take years. He understood Lucile's problem:how do you know you will live long enough to be fluent?" Hilary Mantel, A Place of Greater Safety

abril 21, 2011

Dissolução

"Imagine a language in which, instead of saying ‘I found nobody in the room’ one said, ‘I found Mr. Nobody in the room.’ Imagine the philosophical problems that would arise out of such a convention." Wittgenstein, The Blue Book

abril 18, 2011

Centralização e Comunicação

"[...] many economists argue that socialism is infeasible because people lack the cognitive capacities it requires to work. The “Calculation Problem” [cf. wikipedia] holds that in large-scale societies, it is impossible to make good economic calculations without market prices. Market prices convey information about the relative scarcity of a good in light of the effective demand for that good. Market prices provide a simple vehicle for producers and consumers to adjust their behavior to scarcity and demand. According to the Calculation Problem, socialist planning cannot work, even if everyone were motivated to make it work, because planners do not have access to real prices or to a workable substitute for prices. The problem of planning an economy is too hard for a small bureau of planners. (In contrast, in a capitalistic economy, everyone is a planner.)" Jason Brennan, Cohen's Why Not Socialism?


abril 14, 2011

Resumo

Francesco Hayez (1791-1882) - Meditação sobre a História da Itália

abril 13, 2011

Escassez II

Creation [...] is neither necessary nor sufficient to estab­lish ownership. The focus on creation distracts from the crucial role of first occupation as a property rule for addressing the fundamental fact of scarcity. First occupation, not creation or labor, is both neces­sary and sufficient for the homesteading of unowned scarce resources.

One reason for the undue stress placed on creation as the source of property rights may be the focus by some on labor as the means to homestead unowned resources. This is manifest in the argument that one homesteads unowned property with which one mixes one’s labor because one “owns” one’s labor. However, as Palmer correct­ly points out, “occupancy, not labor, is the act by which external things become property.” [...] there is no need to maintain the strange view that one “owns” one’s labor in order to own things one first occupies. Labor is a type of action, and action is not ownable; rather, it is the way that some tangible things (e.g., bodies) act in the world.

Kinsella - Against Intellectual Property [pdf do artigo]

abril 11, 2011

Escassez

What is it about tangible goods that makes them sub­jects for property rights? Why are tangible goods property? A little reflection will show that it is these goods’ scarcity—the fact that there can be conflict over these goods by multiple human actors. The very possibility of conflict over a resource renders it scarce, giving rise to the need for ethical rules to govern its use. Thus, the fundamental social and ethical function of property rights is to prevent interpersonal conflict over scarce resources. As Hoppe notes:
[O]nly because scarcity exists is there even a problem of formulating moral laws; insofar as goods are superabun­dant (“free” goods), no conflict over the use of goods is possible and no action-coordination is needed. Hence, it follows that any ethic, correctly conceived, must be for­mulated as a theory of property, i.e., a theory of the as ­signment of rights of exclusive control over scarce means. Because only then does it become possible to avoid oth­erwise inescapable and unresolvable conflict.
[...] Nature, then, contains things that are economically scarce. My use of such a thing conflicts with (excludes) your use of it, and vice­ versa. The function of property rights is to prevent interpersonal con­flict over scarce resources, by allocating exclusive ownership of re­sources to specified individuals (owners). [...] Ideas are not naturally scarce. However, by recognizing a right in an ideal object, one creates scarcity where none existed before.

Kinsella - Against Intellectual Property [pdf do artigo]

abril 10, 2011

Storm

Uma excelente curta de animação que vale a pena para quem tem de ouvir, por educação, adultos a falar de variações sobre o Pai Natal.

abril 08, 2011

Diferença de Tratamento

É suposto a uma associação tratar de forma distinta os seus associados das restantes pessoas. O estado é uma associação que representa todos aqueles que pertencem a um dado espaço geográfico ou cultural e vê, assim, impedida essa diferença de tratamento. Um estado não pode ser neutral até porque precisa de um orçamento (e nunca há voluntários que cheguem) mas tem de ser imparcial.

abril 06, 2011

Intenção

A intenção é irrelevante se algum direito fundamental for violado. A sociedade tem o dever de erguer muros legais e éticos que previnam até as más acções involuntárias.

abril 05, 2011

Leituras

Se segues um livro sagrado que contém bons e maus mandamentos morais, e consegues destinguir quais são quais, qual é a utilidade moral do livro?

abril 04, 2011

Manutenção

Os direitos cívicos como o direito a uma vida integra, a liberdade de expressão e acesso à informação, de associação familiar e colectiva ou a uma educação secular, são os necessários direitos fundamentais que cumprem dois objectivos: (a) protegem todas as pessoas de forma igual, e (b) mantêm uma sociedade onde eles podem ser aplicados (designada aqui por sociedade civil).

Como corolário de (a) verificamos que a plena execução destes objectivos necessita de uma república (no sentido da igualdade de direitos e deveres fundamentais ou legais). Relativamente a (b) obtemos uma resposta sobre as questões de tolerância a ideias contrárias: uma sociedade civil deve proteger-se contra quaisquer acções que ameacem a sua existência (especialmente se originadas pelos líderes eleitos para exercer a governação). Também por (b) se justifica que o direito à educação seja universal, grátis e compulsório (uma população mais iletrada é menos capaz de sustentar uma sociedade civil).

Existem outros tipos de direitos, como direitos políticos (direito ao voto, de poder ser eleito, de petição) ou direitos económicos (direito à troca e ao lucro, acesso a um mercado o mais livre possível e de igual oportunidades, etc.). Estes direitos são muitíssimo importantes mas não creio que sejam tão importantes como os direitos civis referidos. Os direitos políticos implicam uma democracia, e os económicos um sistema capitalista. Ora, a democracia e o capitalismo são as melhores ferramentas que possuímos para manter uma sociedade civil (apesar das suas implementações presentes serem passíveis de muitos melhoramentos). Mas elas são apenas ferramentas. Encontrando melhores soluções, estes sistemas poderiam ser substituídos (talvez isto nunca venha a acontecer mas diz-nos o passado que o futuro encerra imensas potencialidades inesperadas). O que eu não estou disposto a sacrificar é o ideal da sociedade civil em troca de qualquer outra proposta, por mais apetecível e viável que seja*.

(*) Somos cidadãos do nosso tempo. A ideologia, mais ou menos cerrada, apanha-nos a todos.